Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

HENRIQUE POMPÍLIO DE ARAÚJO
( BRASIL – MATO GROSSO )

 

Henrique Pompilio de Araújo, nascido no Paraná e radicado em Mato Grosso, escreve desde os 13 anos de idade.
Possui inúmeros artigos distribuídos em jornais e  revistas e agora também pela Internet. Trabalhou alguns anos em Jornais em Cuiabá, mas inteirou-se completamente ao magistério, lecionando em muitos colégios públicos e  particulares.
Apaixonou-se pela educação onde fez tudo com muito amor e carinho. Lecionou para mais de 30 mil crianças em seus 35 anos de magistério. Agora, aposentado, continua seu trabalho educacional como voluntário no Lar Espírita Caminheiros da Luz que dirige. Possui uma sensibilidade religiosa muito grande, transparecendo isto em grande parte de seus artigos e obras.

 

LB revista da literatura brasileira. 25  -  Direção: Aloysio Mendonça Sampaio. 
São Paulo, SP:  2002. 46 p;  14 x 21 cm.   Ex. doado pelo livreiro BRITO – Brasília- DF

 

        CARTA DO REDESCOBRIMENTO DO BRASIL

MAJESTADE

Encontramos alguns vestígios de terra
depois de uma semana de viagem.
Milhares de garrafas e latinhas de cervejas
boiavam mar a dentro.
Depois de não muito tempo
vimos um grande morro pontudo
e uma figura de braços abertos
bem no pico do morro
nos mesmos moldes de um Cristo
como se nos tivesse a dizer:
“Sejam bem-vindos à terra santa”.
Daí a pouco chegamos a uma praia
estava lotada com um povo estranho
andavam todos nus, apenas com um pedacinho
de pano para tapar a vergonha.
Pareciam todos alegres, pois se divertiam muito.
Aportamos à praia, mas ninguém veio nos receber.
Perguntando sobre a cidade
disseram-nos que se chamava Rio de Janeiro
uma cidade pacífica da América do Sul.
Para nos mostrarem sua gentileza
roubaram todos os nossos pertences..
Procuramos pelas autoridades
e eles disseram que aquilo
era um costume típico do lugar
e se nós estivéssemos descontentes
que arrumássemos nossas malas
e desse o fora dali
já que não fomos convidados para a festa.
Ficamos muito chocados com o ocorrido,
mas o lugar era deles
e é lógico que cada um convive
conforme as leis que criam no lugar.

Zarpamos mais para o norte
e vimos que há uma beleza galopante na região
é uma terra muito rica em produtos naturais,
A agricultura é um espetáculo
de maconha pra lá tudo produz.

Vossa Majestade ainda tem em mente
transferir a corte para este novo rincão?

 

https://www.viagensecaminhos.com

MANHÃ CUIABANA

Águas paradas — cálidas manhãs
poças, lamaçais, orvalhos
umidade relativa à seis horas.

Pássaros que cantam na floresta
bichos à procura de comida
gente levantando bem cedinho.

Água corrente — areia removente
grilos tão alegres em barulhos
e ao longe um galo canta alegremente.

O boiadeiro tira o branco leite
o lenhador corta a dura lenha
e o dorminhoco na cama ainda ronca.

No rio — o cuiabano está pescando
matutando o caipira no cerrado
de cachimbo na mão a procurar pequi.

O urutau de boca aberta esperando moscas
os cachorros em seus latidos desiguais
mordem o calcanhar do bom ladrão.

Contando mentiras vantajosas
passa o estudante apressado
indo à escola — a aprender cultura.

Grita o padeiro na janela
grita o leiteiro lá na porta
o carteiro traz notícias de tão longe.

Acorda o bebê muito faminto
bota todo mundo a levantar
o pai, a mãe, o avô que estão tão velhos.

Passa o verdureiro apregoando
maxixi, melão e bananinha
de carrinho na mão feito burrinho.

O jornaleiro-guri lá na estrada


para o carro, anuncia as notícias
as notícias produzidas na cidade.

Passa o peixeiro vendendo
bagres, barbado e pacu
peraputanga  — delícias da região.

Tudo eu vendo, acordado sonho
com a santa capital mato-grossense
como é linda a manhã Cuiabana.


CHUVA

Chove.
Chuvinha rala que cai
é chuva, é chuva, é chuva que cai,
que pinga, que desce, que rola, que rola,
chuvinha que canta, chuvinha que brinca,
que molha, que ensopa, que fala lamaçal.

É chuvinha, é chuvisco
que canta, que encanta proezas mil,
que desce, que rola, que corre, que voa.

Oi chuvinha gostosa!
Quando engrossa chove
as nuvens se enegrecem      
então relampeja no céu e chove.
É chuva que cai
está chovendo friamente
é chuvada, chuvarada, chove.

Depois, depois — a chuva abranda
e passa a chover:
Chuvinha, chuvisco, chuva,
chuva que cai, chuva que desce,
chuva, chuva, chuva.

*

VEJA e Leia outros poetas de MATO GROSSO em nosso Portal:

http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/mato_grosso/mato_grosso_index.html

 

Página publicada em Outubro de 2023


 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar